A maioria de nós foi ensinada a lutar pelo nosso “felizes para sempre”. Fomos levados a acreditar que uma fonte externa – pessoa, lugar ou coisa – nos trará o conforto e a realização que buscamos. Muitos de nós estávamos convencidos de que o relacionamento “certo” colocará nossas vidas em ordem e resolverá todos os nossos problemas.

Não tem certeza do que quero dizer? Aqui estão alguns exemplos de como as pessoas falam sobre o “poder” de um relacionamento romântico:

• Você se odeia? Esteja em um relacionamento com alguém que vai te amar tanto que vai mudar sua visão sobre si mesmo.
• Você odeia seu trabalho? Esteja em um relacionamento que o distrairá do seu trabalho mundano e insatisfatório.
• Você odeia seu ex porque ele te machucou? Comece um novo relacionamento que lhe dará tudo o que você quer.
• Você odeia sua família? Esteja em um relacionamento que possa ajudá-lo a começar sua própria família.

E assim por diante…

Essa narrativa é o motivo pelo qual muitos de nós priorizamos relacionamentos românticos em detrimento de relacionamentos platônicos ou familiares. É por isso que ficamos tão estressados quando somos rejeitados, ou por que toleramos coisas que nos machucam – acreditamos que estar em um relacionamento (mesmo um de baixa qualidade) nos aproxima de uma vida “feliz”.

Mas e se um relacionamento romântico não for a resposta?

As chances são de que, depois que a paixão passar, você comece a perceber que, apesar desse ótimo relacionamento (se você construiu um desses), você ainda pode não gostar de si mesmo, ainda pode estar desperdiçando seu potencial no trabalho, ainda pode carregar as feridas deixadas pelo seu ex, e ainda pode se sentir machucado quando sua mãe faz piadas sobre seu corpo.

É importante perceber que o conto de fadas não existe em um sentido tradicional. Todo o seu propósito, significado e realização não dependem de outra pessoa (mesmo que você tenha o MELHOR relacionamento). Você ainda terá que abordar suas feridas e se esforçar para criar a versão de si mesmo que deseja.

É hora de lamentar o conto de fadas, para que possamos começar a construir vidas gratificantes.

Vamos começar enfatizando o seguinte:

• Trabalhar em algo significativo (um hobby ou trabalho que tenha valor).
• Buscar a auto-expressão.
• Investir em nossas amizades e/ou relacionamentos familiares.
• Pensar na jornada que queremos fazer como pessoa.
• Permitir-se experimentar, tentar, falhar e expandir.
• Estar presente de momento a momento.
• Tomar decisões que se alinhem com quem somos.

P.S. Não estou insinuando que relacionamentos românticos não são importantes, apenas afirmando que a maioria de nós desconsidera outros aspectos de nossas vidas, o que acaba nos custando nossa autenticidade e senso de realização. Eu mesma acho fantástico um parceiro que venha somar.